
Calabouço
Sérgio Ricardo
Repressão e resistência em "Calabouço" de Sérgio Ricardo
Em "Calabouço", Sérgio Ricardo utiliza a repetição de "Cala a boca moço" para retratar a repressão violenta vivida por Edson Luís e outros jovens durante a ditadura militar. Essa frase simboliza o silenciamento imposto não só aos estudantes, mas também a toda uma geração de artistas e cidadãos. O título faz referência direta ao restaurante estudantil onde Edson Luís foi assassinado, transformando o local em uma metáfora para o confinamento das ideias, da expressão e da juventude.
A letra evidencia o impacto da censura sobre a arte, como nos versos “Do canto da boca escorre / Metade do meu cantar” e “Eis o lixo do meu canto / Que é permitido escutar”, que mostram como apenas fragmentos do que se queria expressar conseguiam escapar da repressão. Imagens como “cerradas portas do mundo” e “meia dor, meia alegria” reforçam a sensação de sufocamento e de existência incompleta. Termos como “calabouço” e “nas grades do meu porão” destacam o aprisionamento físico e psicológico. O verso “Meu canto é filho de Aquiles / Também tem seu calcanhar” sugere que até a resistência artística tem seus pontos frágeis diante da repressão. No final, a repetição de “olha o vazio nas almas / olha um violeiro de alma vazia” amplia o sentimento de desolação coletiva, mostrando que o silenciamento atinge toda a sociedade, deixando-a "de alma vazia".
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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