Gera Bactéria

Orgulho e criatividade periférica em “Gera Bactéria”

Em “Gera Bactéria”, Shevchenko e Elloco utilizam a expressão “gera bactéria” como um elogio para quem se destaca, seja no estilo ou nas conquistas. Essa gíria, típica de comunidades periféricas, é ressignificada na música como símbolo de autoestima e pertencimento. Ao repetir “gera, gera, gera bactéria” e afirmar que “esse passinho é novo e nasceu na favela”, os artistas celebram a criatividade e a originalidade das favelas, demonstrando orgulho das próprias raízes e do ambiente em que vivem.

A letra transmite um clima de festa, descontração e empoderamento, evidenciado em versos como “Tô embrazado, hoje eu tô que tô” e “A resenha é nós”. O paredão ligado, o passinho inovador e a referência ao brega-funk criam uma atmosfera de diversão coletiva, onde o destaque individual — como em “cheio de gostosa em cima do camarote / balançando a bunda enquanto eu conto meu malote” — se mistura ao sentimento de grupo. O sucesso do “passinho dos maloka” e a viralização da música mostram como a cultura da favela influencia tendências e transforma elementos do cotidiano em movimentos culturais de grande impacto.