Aos Teus Pés
Silvestre Kuhlmann
Eu vi o Mestre ser rejeitado
Não foi beijado, não foi saudado
Em sua entrada no banquete
Não lhe lavaram os pés
Nem lhe ungiram a cabeça
Envergonhada, não O encaro
Os meus pecados são numerosos
É tão grande a Sua glória!
Atrás dEle me coloco
E os Seus pés meu pranto lava
Estes santos pés que farão
Da serpente, Seu escabelo
Estes santos pés eu enxugo
Com os meus cabelos
Beijar-lhe o Rosto sei que não posso
Então Seus pés eu logo beijo
E os unjo com perfume precioso
Pois deste eu não mais preciso
Pra encobrir o meu mau cheiro
Assim como a ovelha
Retorna ao seu aprisco
E o pródigo retorna
Benvindo a sua casa
E assim como Zaqueu
É filho de Abraão
Eu sou restaurada
Restaurada à comunhão!
Fui muito perdoada
Por isso muito amo
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