Novo?
Silvestre Kuhlmann
Correndo passa ano, entra ano
É sempre a mesma mirrada vida
Mesma luta renhida, mesma lida
Só sobe outro repetido pano
É sempre o mesmo velho retrato
Que se mostra, no repetido palco
Haverá quem possa tentar salto?
Temos de caminhar, comer do prato?
Talvez, a nossa requentada peça
Tenha, perpetuamente, de ser essa
Mas seja possível mudar o ator
Talvez, nessa modorrenta mesmice
Que já vige, desde a meninice
A gente possa injetar amor!
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