
Violões Em Funeral
Silvio Caldas
Luto coletivo e homenagem em “Violões Em Funeral” de Silvio Caldas
Em “Violões Em Funeral”, Silvio Caldas transforma o violão, símbolo de alegria e boemia, em um instrumento de luto e saudade. A canção faz referência direta à morte de Noel Rosa, um dos maiores nomes da música popular brasileira e figura central de Vila Isabel. O bairro, citado na letra, "veste luto" e se torna o centro de uma comoção coletiva. O trecho que menciona o choro dos "bordões" e "primas" (cordas graves e agudas do violão) reforça a ideia de que até a música, tão presente na vida de Noel, se rende à tristeza da perda. A imagem da Lua "como de crepe vestida" amplia o clima de respeito e dor, mostrando que até a natureza compartilha do sentimento de luto.
Na segunda parte, a letra amplia a homenagem ao citar a cigarra, símbolo de quem canta até o fim, e ao mencionar o "poeta do povo" que "ressuscita de novo quando na morte descambas". Assim, a canção presta tributo não só a Noel Rosa, mas também a Sinhô, outro grande nome do samba. O verso "Sinhô, de pele mais clara, no qual o Senhor encarnara a alma sonora dos sambas" destaca a importância de Sinhô, sugerindo que sua contribuição ao samba vai além de questões raciais e sociais. Por fim, a comoção se espalha por bairros tradicionais do samba, como Estácio, Matriz e Salgueiro, e por todo o Rio de Janeiro, mostrando que a perda de Noel Rosa é sentida por toda a cidade e pelo país. A música se torna, assim, um lamento coletivo e uma celebração do legado dos grandes sambistas brasileiros.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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