Louvor a Chico Mendes

Resistência e homenagem em “Louvor a Chico Mendes”

“Louvor a Chico Mendes”, interpretada por Simone, denuncia de forma clara a exploração predatória da Amazônia, chamando atenção para a transformação da floresta em uma “zona de liquidação”. Essa expressão evidencia a banalização da destruição ambiental e a impunidade diante da ganância que ameaça a região. A canção utiliza versos como “Amazônia tá virando zona de liquidação / Sem cerimônia, matam e metem a mão” para criticar diretamente a violência e o descaso com a floresta e seus povos.

Ao mesmo tempo, a música presta homenagem a Chico Mendes, destacando sua coragem e simplicidade na luta pelos direitos dos povos da floresta. O verso “Sou mais um nessa guerra / Quebrando a serra da devastação” reforça a ideia de resistência coletiva, mostrando que o legado de Chico inspira novas gerações a se engajarem na defesa ambiental. A letra também faz referência ao assassinato de Chico Mendes e à saudade causada por sua ausência, mas ressalta que sua voz permanece viva: “onde houver uma vida / sua voz será ouvida”. Expressões como “meu verde não é rabo de foguete / vai tacar fogo no cacete” unem protesto e indignação, usando linguagem popular para expressar revolta e disposição para reagir. Assim, a música se consolida como um manifesto de protesto, memória e esperança de transformação.