
Cordilheira
Simone
Crítica à repressão e hipocrisia em “Cordilheira” de Simone
Em “Cordilheira”, Simone interpreta uma letra marcada pela ironia e por imagens fortes para criticar o autoritarismo e a repressão do regime militar brasileiro. O verso “Eu quero ter a sensação das cordilheiras desabando sobre as flores inocentes e rasteiras” transforma a cordilheira em símbolo do peso opressor do poder, enquanto as flores representam a fragilidade e inocência do povo. A canção utiliza cenas grandiosas e violentas, como “a procissão dos suicidas” e a juventude convertida em “exército de aflitos”, para destacar a brutalidade do sistema e a manipulação das novas gerações.
A letra também denuncia a hipocrisia do poder, especialmente nos versos “Eu quero crer na solução dos evangelhos obrigando os nossos moços ao poder dos nossos velhos” e “Eu quero ler o coração dos comandantes condenando os seus soldados pela orgia dos farsantes”. Aqui, fica evidente a crítica ao uso distorcido da moral e da autoridade para justificar a repressão e o sacrifício dos jovens. Referências como “a ascensão de Iscariotes” e “um Jesus crucificado em cada poste” ampliam o tom sombrio, apontando para traições e martírios repetidos em nome de falsas causas. O contexto da censura e da ditadura militar, que impediu a divulgação da música por anos, reforça o caráter contestador e a coragem dos compositores ao abordar temas tão sensíveis de forma direta e impactante.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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