What Doesn't Belong To Me

Libertação e Identidade em 'What Doesn't Belong To Me' de Sinead O'Connor

A música 'What Doesn't Belong To Me' de Sinead O'Connor é uma poderosa declaração de libertação pessoal e busca por identidade. A letra começa com uma referência a uma figura mitológica, Iris, que simboliza a comunicação entre os deuses e os humanos. A menção ao filho que não pode dizer seu nome devido à dor sugere um trauma profundo e uma luta interna. O'Connor expressa uma mistura de sentimentos contraditórios, como saudade e alívio, desejo e solidão, e a constante presença de um fantasma emocional que ela está determinada a exorcizar, mesmo que isso leve a vida inteira.

A repetição do pedido para 'tomar de volta' a dor, a vergonha, a raiva e o ódio que foram impostos a ela é um grito de resistência e autoafirmação. O'Connor se recusa a carregar esses fardos que não lhe pertencem, exigindo que sejam devolvidos aos seus verdadeiros donos. A artista também explora a complexidade de sua identidade, afirmando ser irlandesa, inglesa, muçulmana, judia, menina e menino. Essa multiplicidade de identidades reflete a universalidade da experiência humana e a rejeição de rótulos limitantes.

A canção também aborda a natureza do amor verdadeiro, que exige sacrifício e lealdade. O'Connor sugere que o amor genuíno é aquele que passa por testes e provações, e que apenas o amor leal pode trazer felicidade. A repetição da frase 'take back what doesn't belong to me' ao longo da música reforça a ideia de purificação e libertação, como se a artista estivesse se livrando de todas as influências negativas que a impedem de alcançar a verdadeira felicidade e paz interior.