Sinhá Vitória
Sinhá Vitória
Baleia mergulha no rio seco
Como se fosse um tubarão
Enquanto o matuto caminha sem direção
Sinhá Vitória segue seus passos pelo chão
Implorando uma só gota d´água
Mas é tempo de seca braba
E o sertão é muito duro
Com quem insiste em desafiá-lo
E nem mesmo o maior feiticeiro
Vai fazer chover no terreiro
E só as cobras sobrevivem ao chão
Seco do sertão
Sinhá Vitória da catingueira
Quenga de coco na mão
Sinhá Vitória sonhadeira
Que a chuva caia no sertão
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