PORTEIRA VELHA
Sirlene Martins
Porteira velha lá na beira da estrada
Perto da encruzilhada onde o nosso amor nasceu
Essa porteira hoje vive escancarada, pois onde era morada
Já não mora nada meu, e a ventania de tristeza e revolta
Hoje é quem bate essa porteira onde viveu o meu bem
Cada pancada é um estalo de saudade
Vendo a felicidade que se foi e não vem
Ah como é triste viver abandonado
Quando se tem no passado uma história de amor
Frases brotadas de uma boca mentirosa
Que em formato de rosa eu beijava com calor
Tudo acabou, só ficou a recordação da porteira
Da estrada da casinha do sertão
Em altas horas quando a ventania é forte
A porteira bate alto e eu lamento a minha sorte
E a ventania de tristeza e revolta hoje é quem bate
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