Don't Let It Die

Alerta ecológico e esperança em "Don't Let It Die"

Em "Don't Let It Die", Hurricane Smith utiliza uma melodia suave para transmitir uma mensagem urgente sobre a responsabilidade coletiva diante da destruição ambiental. A música, originalmente escrita para John Lennon — conhecido por seu ativismo —, ganha um tom universal e engajado, reforçando o apelo à ação. A letra destaca a beleza e diversidade da natureza, como nos versos “The mountainside, the flower grows / The riverside where the water flows forever” (A encosta da montanha, a flor cresce / À beira do rio onde a água flui para sempre), criando uma sensação de admiração que logo é contrastada pela ameaça da perda definitiva: “What we see is what we choose / What we keep or what we lose forever” (O que vemos é o que escolhemos / O que mantemos ou o que perdemos para sempre).

O refrão repetido “Don't let it die” funciona como um alerta direto, pedindo ação imediata para evitar a extinção de espécies como o tigre e o canguru, citados na letra, e para preservar o equilíbrio natural. O verso “The world is ours to tear apart / But what if it's too late to start again?” (O mundo é nosso para destruir / Mas e se for tarde demais para recomeçar?) deixa clara a preocupação com a irreversibilidade da destruição ambiental, refletindo o contexto dos anos 1970, quando as discussões ecológicas ganhavam destaque. O uso do “amen” ao final de um dos refrões sugere que, caso a humanidade falhe, restará apenas lamentar as consequências, como em uma prece fúnebre. Por isso, a canção se destaca como um chamado direto à consciência ecológica, reconhecido pelo prêmio Ivor Novello por sua mensagem lírica e musical.