Que Se Chama Amor

O amor como vício e dor em "Que Se Chama Amor"

Em "Que Se Chama Amor", do Só Pra Contrariar (SPC), o amor é apresentado como algo incontrolável, comparado a um vírus que se pega "com mil fantasias". Essa metáfora mostra como o sentimento pode ser avassalador e imprevisível, surgindo de pequenos gestos, como "um simples toque de olhar", e rapidamente tomando conta de quem o sente. Durante a pandemia de COVID-19, essa comparação ganhou ainda mais força, mas originalmente já expressava a ideia de que o amor é contagioso e impossível de evitar.

A letra também destaca a dor e a solidão causadas pela ausência da pessoa amada. O eu lírico fala sobre a saudade intensa que "partiu meu coração" e o vazio que parece não ter fim. Em busca de alívio, ele recorre ao álcool — "me afogo num copo de cerveja" —, mas percebe que essa tentativa de fuga não resolve o sofrimento, apenas o acompanha de volta para casa, onde a solidão permanece. O tom direto e emotivo aproxima o ouvinte da experiência de quem sofre por amor, tornando a música um retrato sincero do impacto de um amor não correspondido ou perdido, tema marcante na trajetória do Só Pra Contrariar no pagode romântico brasileiro.