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Josefa, Virgem do Cruzeiro

Socorro Gomes e Sandro Jonas

Deus onipotente de poder profundo
Que fez desse mundo, ó, santo cordeiro
Dai-me inspiração com toda origem
Que eu falo da Virgem Santa do Cruzeiro

Josefa seu nome saiba pessoal filha
De um casal nobre importante digo
Com certeza a todas as plateias
Seu Faustino Enéias, Ana Cavalcante

Saiu da fazenda com contentamento
Com consentimentos dos queridos pais
E as três irmãs lhe acompanhando nem
Ia pensando que não vinha mais

Saíram as quatro bem devagarzinho
Seguiram um caminho sem sentir canseira
A fim de apanhar quixaba no chão
E a perdição foi na quixabeira

Dia 19 de outubro é a data ela entrou
Na mata por baixadas e xais o destino
Cruel e a sorte mesquinha separou Zefinha
De suas irmãs

Três anos e três meses tinha a inocente
Olhar transparente pele colorida, Virgem
Sem pecado saiu soluçando, sozinha
Andando na mata perdida

A mãe perturbada sentido amargura saiu
A procura da filha adorada, e o manto escuro
Da noite chegando e ela encaminhando
Sem encontrar nada

Com ar de loucura de tanta agonia já no fim
Do dia saiu na cidade, dizendo meu povo
Queira me ajudar
Vamos procurar com fraternidade

Toda multidão saiu procurando, a mãe
Soluçando bastante sofrida, enquanto a
Criança já fora de hora pela mata a fora
Chorava perdida

A brisa soprava alta madrugada e ela
Cansada sem mais suportar o rosto molhado
De sereno e pranto, sem achar um canto
Para se deitar

E na terça-feira já cambaleando a fome
Atacando e quase despida, dizia sou Virgem
Com fome e com sede, sem cama e sem rede
Sou desprotegida

Uma hora da tarde já na quarta-feira o Sol
E a poeira sobre o seu corpo, sem ter
Companhia a sede atacando, a fome matando
Ali faleceu

De uma palmatória desse tabuleiro
Fez um travesseiro pra cabeça sua
No último suspiro que grande agonia sua
Companhia, era a noite é a Lua

Uma autoridade ia procurando, foi logo
Avistando, gritou em seguida, venha cá meu povo
Não tema a ruína achei a menina
Mais já está sem vida

Sua mãe querida naquele momento
Com o sofrimento o seu coração, cobriu-se
De luto igual a viúva, desceu como chuva o
Pranto no chão

O pai foi dizendo, muito angustiado Deus
Me deste gado, dinheiro em quantias mais
Daqui pra frente tudo teve fim
Nada mais pra mim dá mais alegria

Aquele soldado que a mesma encontrou
Ele nunca deixou de fazer oração
Um dia encontrou dois laços de fitas, seis rosas
Benditas, e um lindo cartão

Foi vendo umas letras naquele cartão
Prestou atenção emocionado dizendo é
Milagre, santo poderoso, fui um canceroso
E estou curado

Todo pessoal ficou comentando e foi
Se espalhando a noticia dela, Rodolfo
Um irmão distinto senhor, ficou zelador
Da sua capela

E o padre Inácio, procurou agir mandou
Construir por mais de um pedreiro, ficou
Em arquivo, para o fim da vida e ela é
Conhecida Virgem do Cruzeiro

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Composição: José Vicente. Essa informação está errada? Nos avise.
Enviada por João. Revisão por João. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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