Canvas

Descobrindo o Eu em um Canvas Cósmico

A música 'Canvas' da banda Soen explora a jornada introspectiva e a busca pelo autoconhecimento através de metáforas visuais e cósmicas. A letra começa com a descoberta de um 'canvas', uma tela em branco que simboliza a mente ou a alma do indivíduo. Ao 'forjar' a si mesmo por trás das cores, o eu-lírico sugere que a verdadeira identidade é construída a partir de significados profundos e pessoais, muitas vezes ocultos sob a superfície. A percepção de que 'todos são cegos, menos eu' indica uma epifania, um momento de clareza em que o eu-lírico se vê como o único capaz de enxergar a verdade.

No segundo verso, o 'canvas' é encontrado 'no fundo do mar desta harmonia', uma metáfora para a profundidade e complexidade da mente humana. A 'abraço cósmico' e a 'retrato de energia infinita' evocam uma conexão com o universo, sugerindo que a busca pelo autoconhecimento é também uma busca por um sentido maior na vida. No entanto, essas 'visões estão se afastando', indicando a dificuldade de manter essa clareza e conexão em um mundo caótico.

A música também critica a sociedade e suas 'arquiteturas de dominação'. O eu-lírico adverte contra as 'falsas mentiras brilhantes' que nos confundem e nos afastam da verdade. A 'sociedade' é vista como uma força opressora que impõe normas e limita a individualidade. Ao 'usar suas cores' para 'quebrar a norma' e 'induzir uma reforma', o eu-lírico se rebela contra essa opressão, buscando uma forma de expressão autêntica e livre. A música termina com uma visão de abstração e incompreensão, sugerindo que a verdadeira liberdade e autoconhecimento estão além do alcance da compreensão comum, fora da 'órbita' do entendimento convencional.