Do Peixoto Ao Tarragoa
Sonido del Alma gaucha
São doze dias de marcha
De peixoto ao tarragoa
Lá do passo da lagoa
Até o rincão do marmelo
De capataz vai don hélio
No trono de um mouro pampa
Que leva junto a estampa
Dos "criollos" do "sincero"
Vai escorando a culatra
O benito num bragado
Que se vai de queixo atado
Trote miúdo e passarinheiro
Sombra larga aos ovelheiros
"biguá", "vampiro", "colera"
Cuscada buena e campeira
Garroneando um touro oveiro
Tropa larga estende o tranco
Pesando sob o mormaço
Mas agüenta o tironaço
Cumprindo a sina bovina
Que evolução alguma domina
De ser alimento ao povoeiro
E sustento para o tropeiro
Nesse oficio que não termina
Logo mais descamba a noite
Trazendo a lua prateada
Moldada sobre as aguadas
E a ronda se faz necessária
Na sina extraordinária
De cuidar do gado alheio
E fazer disso um esteio
Nessa vigília solitária
Gado entregue, guaiaca cheia
No retorno dessa ausência
Os pingos cheirando a querência
E o tropeiro em seu trono...
Trazendo um garboso entono
De ter a missão cumprida
Honrando o garbo da lida
De quem não possui dono.
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