Viciado em carinho (part. Felipe Vaqueiro)

Solidão e dependência afetiva em “Viciado em carinho”

Em “Viciado em carinho (part. Felipe Vaqueiro)”, sophia chablau explora a dependência emocional e o medo da solidão em um relacionamento desgastado. A letra traz imagens como “o nosso disco arranhou” e “o nosso filme queimou / E ainda segue em cartaz”, que mostram tanto o desgaste quanto a persistência dos sentimentos, mesmo quando a relação já não é mais a mesma. O título resume bem o tema: a necessidade constante de afeto, expressa de forma direta em versos como “Só quero o tempo todo / Ser o seu assunto / E nunca mais ficar solto”. A música revela vulnerabilidade, com o eu lírico admitindo não ter mais energia para enfrentar a solidão, como em “Eu não tenho mais gás”.

A colaboração entre sophia chablau e Felipe Vaqueiro, marcada por proximidade artística, reforça o tom de busca por conexão e compreensão mútua. A influência dos Mutantes na sonoridade e a estrutura inesperada da faixa sugerem que, mesmo em meio ao desgaste, ainda há espaço para renovação. As metáforas do disco e do filme indicam que, apesar das dificuldades, a história do relacionamento continua, pois o desejo de carinho permanece forte. O refrão “Sozinho, sozinho / Não quero ficar sozinho / Só viciado em carinho” evidencia que o maior medo é a solidão, tornando o afeto uma necessidade quase vital para o eu lírico.