Libram (feat. Virgul)

Superação e fé em "Libram (feat. Virgul)" de Soraia Ramos

Em "Libram (feat. Virgul)", Soraia Ramos explora a força da fé e da autossuficiência em um momento marcante de sua carreira. A repetição de “Deus libram bram bram, Deus libram, é mi só” destaca a confiança em Deus como fonte de libertação, mas também evidencia um processo pessoal de superação. O uso do crioulo cabo-verdiano em versos como “Bu tem ki susti finka pé” (você tem que se manter firme) e “N'conxi tristeza mas hoje eu já não choro mais” (eu conheço a tristeza, mas hoje já não choro mais) reforça a ligação de Soraia com suas origens e traz autenticidade à mensagem de resiliência.

A música marca uma fase mais madura para a artista, refletida em versos como “Hoje eu conheço o meu valor” e “Mi ki dicidi fika so, nta assumi ma n'podi, labanta mi so” (fui eu que decidi ficar só, assumo que posso me levantar sozinha). A participação de Virgul, artista reconhecido por sua trajetória de superação, reforça a ideia de que a evolução depende tanto da fé quanto da ação individual, como em “Ninguém ka tá fazi, bu tem ki fazi pa bo” (ninguém vai fazer, você tem que fazer por você). O refrão, ao repetir que Deus liberta, sugere que a fé é fundamental, mas a iniciativa e a força vêm de dentro. Assim, "Libram" se destaca como um hino de autovalorização, gratidão e esperança diante das dificuldades.