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A Ponto (Não vem Falar)

Souri

A cada segundo na sombra do escuro
Se constrói o muro que divide o mundo
E no fundo reflete o olhar inseguro
No túnel da luz ofuscante, E o futuro
Se manté no rumo cujo o resumo
É o imundo ao extremo profundo do impuro
Eo bruto infortúnio do luto absurdo
Liquida a esperança em um tempo mais curto

Tirando o que nos resta, na desculpa indigesta
Deixanto a fúria se tornar uma depressão funesta
Quem não se manifesta, ainda assim contesta
Mas faz descaso do fato que a vida é desonesta

E os matadores de sonho ficam felizes, suponho
Pela inveja que habita o realismo tristonho
Então enfronho e proponho, afirmo firme e exponho
Que a liberdade não está nesse fordismo enfadonho

E o que provoca a derrota, transforma o choro em chacota
É a persistência e a paciência que com o tempo se esgota
Quando o que sangue denota, perd o valor e desbota
A negligência e a indecência viram tema de anedota


Mas vai falar, não vem falar
Que você é manipulável a ponto de acreditar


Quem lida com a vida já sabe a medida
Da dose devidade entrada e saída
E nunca duvida de quem não revida
Mas não se intimida em missão suicida
E depois de cumprida, sarada a ferida
Levanta e se apronta ora luta seguida
Não tem recaída por mais dolorida
Que seja viver a vida destemida

Certo sobre o que fala, e o que a idéia exala
Reverbera pelo universo e nunca mais se cala
Abala quem inala, multiplicando a escala
E não resvala do objetivo o qual propala

Sabe que a hora é agora e não suporta a demora
Embora sinta que o clima não melhora lá fora
Vê tudo aquilo que adora se despedindo, indo embora
E a dor que mora lá dentro de uma vez por todas aflora

O ódio sobre pra mente, hostilizando o ambiente
Fica evidente a eminência de um mero acidente
De proporção inexistente, com causa inconsequente
Levando a frente o contigente indesejável do presente


Mas vai falar, não vem falar
Que você é manipulável a ponto de aceitar


Sistema sinistro, seu rosto não passa de mais um registro
E o risco do vício, lançado no espaço com a força de um míssil
Aí fica difícil, o ciclo se fecha e se perde do início
Do que é fictício, na real cada qual usa seu artifício

Do modo que convém, calculando o porém
E se abstém do que o mantém como próprio refém
Se desfaz do desdém, e o coração retém
O que restou do bem que quase ninguém tem também

E toma o rumo do Norte, ceto de que ainda é forte
Embora note sutilmente que talvez não suporte
Por mais que a estrada entorte, no vale escuro da morte
Conta com a própria coragem e mais uma dose de sorte

Enfrenta o frívolo esnobe, de alma e espírito pobre
Sem murmurar que o sacrifício englobe uma causa nobre
Ainda que a vida lhe cobre, a mais do que o sangue sobe
Usa as falácias que descobre pra que a massa não manobre


Mas vai falar, não vem falar
Que você é manipulável ao ponto de aceitar

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