The Pusher

Confronto moral e social em "The Pusher" de Steppenwolf

"The Pusher", da banda Steppenwolf, faz uma distinção clara entre dois tipos de traficantes: o "dealer", que vende drogas leves, e o "pusher", responsável por drogas pesadas e destrutivas como a heroína. Essa separação é fundamental para a mensagem da música, que condena duramente o "pusher" por sua total falta de empatia, como fica evidente no verso: “the pusher don't care if you live or if you die” (o traficante não se importa se você vive ou morre). A inspiração para a canção veio da morte de um amigo de Hoyt Axton, compositor da música, por overdose, o que reforça o tom de denúncia e indignação presente na letra.

A repetição de “God damn The Pusher” (Maldito seja o traficante) expressa revolta e gerou polêmica e censura na época, mostrando o impacto social da música. A letra traz imagens fortes, como “tombstones in their eyes” (lápides em seus olhos), para ilustrar o efeito devastador das drogas pesadas. Enquanto o "dealer" é retratado como alguém quase inofensivo, vendendo “sweet dreams” (sonhos doces), o "pusher" é chamado de "monstro", alguém que “ruin your body” (destrói seu corpo) e “leave your mind to scream” (deixa sua mente gritar). No final, o narrador afirma que, se fosse presidente, declararia guerra ao "pusher man" e o mataria “com minha Bíblia, minha navalha e minha arma”, misturando referências à justiça, violência e religião. Assim, a música se posiciona como um protesto direto contra o tráfico de drogas pesadas e seus efeitos destrutivos.