All In Love Is Fair

Imprevisibilidade e resignação em "All In Love Is Fair"

"All In Love Is Fair", de Stevie Wonder, explora a imprevisibilidade dos relacionamentos amorosos, usando a expressão popular "all is fair in love and war" (tudo é permitido no amor e na guerra) para justificar tanto as alegrias quanto as dores que acompanham o fim de um romance. Ao repetir "A writer takes his pen / To write the words again / That all in love is fair" (Um escritor pega sua caneta / Para escrever novamente / Que tudo no amor é permitido), Wonder sugere que, embora cada história de amor seja única, elas compartilham padrões universais de perdas e recomeços. O uso de clichês na letra reforça a ideia de que sofrimento e esperança são experiências comuns a todos que amam.

O contexto da gravação, com Wonder assumindo vários papéis, contribui para o tom intimista e melancólico da canção. A letra reflete sobre a passagem do tempo e a incerteza do futuro nos relacionamentos: "But all is changed with time / The future, no one can see / The road you leave behind / Ahead lies mystery" (Mas tudo muda com o tempo / O futuro, ninguém pode ver / A estrada que você deixa para trás / À frente está o mistério). O amor é retratado como um jogo de sorte, simbolizado pela "tossed coin" (moeda lançada), onde o destino pode ser generoso ou cruel. Ao comparar o amor à guerra, Wonder sugere que sempre há um lado que perde, mas que essa derrota faz parte do jogo imprevisível e inevitável do amor. A canção segue relevante, tendo sido regravada por artistas como Barbra Streisand e celebrada em tributos como o do Grammy com Jennifer Hudson, por abordar sentimentos universais de perda, arrependimento e aceitação.