Nicola

A Dualidade do Amor e da Existência em 'Nicola' de Stuart Davis

A música 'Nicola' de Stuart Davis explora temas profundos e filosóficos, utilizando uma linguagem poética e metafórica para abordar a dualidade do amor e da existência. Desde o início, a letra nos apresenta imagens paradoxais como 'gateless gate' (portão sem portão) e 'weightless weight' (peso sem peso), sugerindo a busca por um estado de ser que transcende as limitações físicas e emocionais. A repetição do nome 'Nicola' ao longo da música pode ser vista como uma âncora, um ponto de referência em meio a essas reflexões abstratas.

O refrão da música, que fala sobre o amor criando e apagando, apresenta o amor como uma força dual, capaz de gerar e destruir. A metáfora dos 'gêmeos com rostos diferentes' reforça essa ideia de dualidade, sugerindo que amor e perda são duas faces da mesma moeda. A imagem de algo 'caído do útero' e 'erguido do túmulo' também contribui para essa visão cíclica da vida e do amor, onde nascimento e morte, começo e fim, estão intrinsecamente ligados.

A última estrofe da música reforça a ideia de continuidade e ciclo, afirmando que 'todos os que estão vivos hoje são os que já passaram e os que estão a caminho'. Isso sugere uma visão de tempo e existência como um fluxo contínuo, onde passado, presente e futuro estão interconectados. A repetição da frase 'carried in perfume' (carregado em perfume) pode simbolizar a memória e a essência das experiências vividas, que permanecem conosco mesmo após a passagem do tempo. Em suma, 'Nicola' é uma meditação poética sobre a natureza cíclica do amor e da existência, convidando o ouvinte a refletir sobre as complexidades e dualidades da vida.