Divididos Por La Felicidad

A Nostalgia e a Solidão em 'Divididos Por La Felicidad' de Sumo

A música 'Divididos Por La Felicidad' da banda argentina Sumo, liderada pelo carismático Luca Prodan, é uma expressão crua de sentimentos contraditórios que se entrelaçam ao longo da letra. A canção começa com uma confissão de desordem e destruição, onde o eu lírico admite quebrar vasos e levantar tumbas, metaforicamente falando, indicando um comportamento disruptivo e talvez autodestrutivo. Este comportamento pode ser interpretado como uma forma de lidar com as memórias dolorosas ou com a dificuldade de se adaptar ao ambiente e às pessoas ao redor.

O refrão da música ressalta uma profunda nostalgia, repetindo 'Qué buenos tiempos, qué hermosos tiempos', mas sempre concluído com 'pero qué soledad', destacando uma solidão que persiste apesar das boas lembranças. Essa repetição sugere uma luta interna entre a alegria das memórias passadas e a realidade solitária do presente. A menção de caminhar por uma casa com portas fechadas e cicatrizes visíveis reforça essa sensação de isolamento e de uma jornada pessoal marcada por desafios e barreiras emocionais.

Através de sua letra, 'Divididos Por La Felicidad' parece explorar a complexidade das emoções humanas, onde a felicidade do passado é constantemente confrontada pela solidão do presente. A música de Sumo, conhecida por sua capacidade de misturar rock com reggae e letras introspectivas, aqui, oferece um olhar melancólico sobre a condição humana, refletindo sobre como os momentos felizes podem, paradoxalmente, coexistir com um profundo sentimento de solidão.