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A Teoria Dos Postes de Luz Que Se Apagam

Sure

To sentindo a ferida doer mais
Do que aquele dia

E hoje o carnal se tornou objeto enquanto a saudade batia
Sem ritmo

Sem pretensão alguma
Perdi meus sentidos batendo corrida com almas penadas na rua

Te encontro em cada verso que escrevo pra mim
Na teoria dos postes de luz que se apagam

Eu chego no fim
Me acabei num oceano de palavras abstratas

Que diziam: Fique calmo
Enquanto a alma é arrancada

Fizeram lobotomia
Cicatrizes que não fecham

Até deuses me olharam
E disseram

Não se apresse
Mas nas pressões que eu fazia o sonho nunca acabava

E o eu te amo entalado
Na garganta ecoava

Tipo

Sala vazia em metros de melancolia
Gosto amargo da derrota

Pior que perder a vida
Foi ver tu perdendo a vida

Foi como tua cantiga
Me levando pro sono

Por mais que eu tente acordar
Eu não me sinto levantando

E ontem acordei chorando
To brigando com o relógio

Complexo de inversão
Eu quero o último lugar do pódio

Eu dilui essa letra em uns dois litros de água
Pra perceber a realidade
Isso sim é afogar as mágoas

A teoria dos postes de luz que se apagam
Que se apagam

A teoria dos postes de luz que se apagam
Que se apagarão

Eu viajei o mundo e encontrei abrigo nos pés de araçá
Depois que cê partiu

Eu nunca mais insisti
Pra ninguém ficar
Pra ninguém ficar

Eu viajei o mundo e encontrei abrigo nos pés de araçá
Depois que cê partiu
Eu nunca mais insisti
Pra ninguém ficar
Pra ninguém ficar

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