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Lombra Eterna

SuspeitoUmDois

To puto sangue bom,
Não consigo nem rimar, minha cabeça
Tá explodindo meu cérebro está sem ar.
Pensamentos me atormentam que
Às vezes sinto medo,
São como várias facas me furando o corpo inteiro.
Não sei aonde chego pensando tanta merda,
Pelos meus ouvidos escorre massa cinzenta.
Penso, logo eu existia agora já
Não penso me rendo a cocaína.
Não bastasse essa merda
E todos os meus problemas,
Eu sinto minha vida entrando e gangrena.
A ferida ta aberta e o diabo cuspiu dentro,
Da minha própria mente, to sendo o detento.
A loucura me visita em plena madrugada,
Eu sinto a fisgada da navalha do fantasma.
Como um tumor maligno expandiu-se no meu corpo,
Me acorrentaram mais não estou louco.
Essa foi pro inferno foi lá pro capeta,
Ao invés de escrever eu cheiro com a caneta.
A carreira da vida me deixou na estiga,
A todo canto que eu vou vejo a morte na esquina.
No meio da neblina, caralho que viagem,
Tá cheio de gambé, parece tempestade.
Antes fosse, eu fico apavorado não reajo,
De repente do meu lado a imagem do diabo.
‘Vai é isso aí essa porra te dá vida,
Vai seu otário cheira mais cocaína,
Depois disso a gente vê, as consequências,
É matar pra cheirar manter a sobrevivência",
Mas minha condição, é muito precária,
O dedo não tem força pra sentar um na bala.
Simplesmente sou mais um que não vale um rato,
Pequeno e indefeso numa corrida de gatos.

A lua ta sangrenta, são seus olhos.
O cannabis ta queimando, é assim que eu gosto.
Eu ainda tenho uma pedra, assim eu endoido.
Eu to na mara, e ela está em mim.

No começo é difícil sem ideias não persisto,
Neurônios já são poucos, parar, não mais consigo.
Na moral chega aí, foi nessa que eu caí,
Uma fumada, uma tragada, uma prensada,
Uma cheirada.
Cadê o chão! Não to vendo mais nada,
Minha vista ta embaçada, minha cabeça ta pesada,
Meu corpo ta mole não sinto mais nada,
Será que eu serei suficientemente inteligente,
Pra sair dessa porra deprimente.
Viver no submundo, no setor desilusão onde cheirar,
Fumar, prensar é a melhor solução,
To de cara com os irmãos se afundando mais e mais,
O beck ta na mente fugir já não dá mais,
To tentando dá um tempo,
Mais por enquanto eu acendo, bato no prato,
Só lamento, peço bis eu ainda quero mais.
Os anjos me abandonam,
O esqueleto ta no armário, me fudendo mentalmente,
Dizendo culpado!
Culpado de quê, se sou eu o refém,
Dessa merda branca, loucura igual não tem.
Hoje eu não sou ninguém,
Na terra e nem no céu,
Meu castelo tá em ruínas como a torre de babel.
Ó que Deus cruel é esse o da cocaína,
O dono das indústrias que acaba com minha vida.
O tempo, o tempo passa de vagar,
A fumaça tá na mente, e a cabeça a girar.
Saio do meu corpo e começo a flutuar,
Zumbizando pela city sem sair do sofá.
Meio atordoado começo a pensar, nas,
Coisas que eu faço, ou fiz deixa pra lá,
Os olhos a trincar, a campainha a tocar,
Minha mãe já tá chegando é melhor eu disfarçar.

Louco, louco...
Insano e doido, invade a minha mente
E chapa o meu coco.
Louco, louco...
Insano e doido, invade a minha mente
E chapa o meu coco.

A lua tá sangrenta, são seus olhos.
O cannabis tá queimando,
É assim que eu gosto.
Eu ainda tenho uma pedra,
Assim eu endoido.
Eu to na mara, e ela esta em mim.

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