Amigo Imaginário
Tabacos de Guevara
O meu amigo imaginário não gosta de mim
O meu amigo imaginário não quer mais me ver feliz
Ele não diz o que eu fiz
Mas me abandonou ao léu
Sem lenço e nem chapéu
O meu amigo imaginário não quer me ver bem
O meu amigo imaginário não quer mais me ver cantar
Ele só disse que vem
Mas não quer se levantar
Nem pra se justificar
Mas eu não preciso mais do teu serviço emprestado
Mas não vou também normalizar
Quando já se vê que quem só vê a razão
Não sabe o poder da adulação
Não sabe o poder...
De quem sabe se autobajular
Mas eu não preciso mais amar sem ser bem amado
Mas não vou também desespear
Quando já se vê que quem só vê a razão
Não sabe o poder da solidão
Não sabe o poder...
De quem sabe se autoadorar
Tá legal, tudo bem, nada por dizer
Eu que não volto atrás pra te convencer
Tanto fez, tanto faz, bem por merecer
Tanto que volta atrás, vem pra me dizer:
Que o meu amigo imaginário só gosta de mim
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