Hoje

Reflexões Sobre o Tempo e a Solidão em 'Hoje' de Moacyr Franco

A música 'Hoje' de Moacyr Franco é uma profunda reflexão sobre o tempo, a solidão e as marcas deixadas pela vida. A letra começa com o eu lírico mencionando as marcas físicas e emocionais que carrega, simbolizando as experiências e dificuldades enfrentadas ao longo do tempo. A menção à 'fossa, a fome, a flor, o fim do mundo' sugere uma vida cheia de altos e baixos, onde momentos de beleza e desespero coexistem.

No segundo verso, o eu lírico fala sobre as 'imagens distorcidas' e 'mãos desconhecidas', indicando uma percepção confusa e fragmentada da realidade. A busca pela lua e pelas ruas simboliza uma procura incessante por algo ou alguém que traga sentido à sua existência. A solidão é um tema central, especialmente nas 'noites frias sem você', onde a ausência de um ente querido é sentida de forma aguda.

A música também aborda a diferença entre o eu lírico e os 'homens sem medo' que 'aportam no futuro'. Enquanto outros confiam na ciência e no progresso, o eu lírico se sente perdido e desesperado, abraçando a ausência de quem ama. A repetição da palavra 'sorte' no final da música enfatiza um sentimento de resignação e arrependimento, lamentando uma juventude perdida e um amor que não pôde ser vivido plenamente. A canção é uma poderosa meditação sobre a passagem do tempo, a solidão e a busca por significado em meio às adversidades da vida.