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Cárcere Mental

TakaB

O silêncio me mata
Mas aquelas vozes também
Não consigo andar nessa mata
Mas não quero ajuda de ninguém
Eu sei que ninguém se importou
Tranquei as palavras comigo
Hoje em dia ironia virou
Acredito ser meu inimigo

Desisti de tentar entender como são as pessoas más
Mas
Em toda morte as lembranças são boas memórias póstumas
Corrosão como enfermo sem cura perfura couraças em seus corações
Só quando alguém decidir se matar chorarão de vergonha fazendo orações
Normas, razões
Vários leões que viraram felinos de pequeno porte
A liberdade comum que te priva do topo do mundo no domo da morte
Ser o domado ou domar? Se é pra escolher eu escolho contar com a sorte
A minha certeza é que nada me fere depois dessas quedas fiquei bem mais forte

Eu estou só
Mas sei que não estou
Pois tem alguém querendo

Me levantar de novo

Me machuquei
Um monstro ferido aparenta ser manso
Como nos filmes eu vejo palavras a esmo e já pego ranço
Notado em meio a milhares mas esses milhões me reprimem também
Foda-se esse sistema eu só vejo meu lado e você preocupado com quem?
Aquém, todos unidos pela depressão
Ironia a tristeza em comum se tornar nosso laço, orgulho, conquista, motivo e visão
Antevisão, distopia é prisão
E os 13 roubaram meu chão
Comover é dever de quem fala e entala no meio a insatisfação

Esse medo do clichê, me revela um lado meu, que nem mesmo conhecia
Esse ato de abster de tudo que um dia me trazia alegria
E eu não deixo sofrer, isso tudo está presente dentro de uma poesia
Eu queria me esquecer, mas não me esqueço desse tempo que eu ainda existia
Um campo, e uma prisão
Eu não sei qual é a diferença
A sensação, a pulsação
Sempre me levam pra minha sentença
As minhas peças caídas no chão, levando em conta a recuperação
Mas, não há ninguém aqui estendendo a mão
Determinação, eu sei eu quero isso demais
É como se fosse a escuridão
Caminho difícil é esse chamado de paz

Eu tô cansado me deixa dormir
Eu só queria poder entender
Como se fôssemos peças de um jogo criado pra algum louco se entreter
Se necessário aprendo a jogar
Um dia todos irão me escutar
Quando eu dizer que vocês me mataram e quando minha voz deixar de ressoar
Eu vi
A maldade criada em cima de mentiras
Em si
Nada pode mudar essa fonte de ira
Como se
Dizem-se donos do ouro, incenso e mirra
No mundo onde tudo é doença mas a depressão nunca passa de birra

Não dá mais, não há mais, sem jamais, nunca mais
Me trás paz, e os meus pais, aliás, ali atrás

E é hoje que meu peito grita e descansa, aqui jaz

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