Eu Sou o Mal - Jack (Shuumatsu No Valkyrie)

A dualidade de "Eu Sou o Mal - Jack (Shuumatsu No Valkyrie)"

A música "Eu Sou o Mal - Jack (Shuumatsu No Valkyrie)", de Takeru, explora a complexidade psicológica do personagem Jack, inspirado no mangá e anime Shuumatsu no Valkyrie. Um dos pontos centrais da letra é a habilidade de Jack de enxergar emoções como cores, o que serve como metáfora para sua percepção distorcida da humanidade. Esse dom, que inicialmente o faz idealizar o amor materno como algo "belo", acaba se tornando uma maldição ao revelar a falsidade dos sentimentos de sua mãe. O trecho "A cor que era / Tão linda, tão bela / Foi se apagando" ilustra o momento em que Jack percebe a hipocrisia materna, levando-o a um ato violento que marca sua transformação definitiva em "o mal". Esse episódio é fundamental para entender como o trauma molda sua personalidade e motiva suas ações posteriores.

A narrativa da música acompanha Jack desde sua infância miserável na Londres do século XIX até sua participação no Ragnarok, onde enfrenta Hércules. A letra destaca sua capacidade de manipulação e engano, como nos versos "Te ferindo com uma outra arma / Percebeu? Era / Tudo mentira" e "Tudo vira arma / Com apenas um toque". Essas passagens remetem à habilidade do personagem de transformar qualquer objeto em arma, além de ressaltar sua natureza imprevisível. O refrão "Sim, eu sou / Eu sou o terror / Oh dear God / Qual a sua cor?" (Oh querido Deus, qual a sua cor?) reforça a autopercepção de Jack como a personificação do mal, desafiando até mesmo o divino a revelar sua verdadeira essência. A música, assim, discute a origem do mal em Jack e a linha tênue entre vítima e vilão, questionando se sua monstruosidade é fruto do ambiente ou de suas próprias escolhas.