Monstro (Johan Liebert) - Monster

Reflexão sobre identidade e vazio em “Monstro (Johan Liebert) - Monster”

A música “Monstro (Johan Liebert) - Monster” de Takeru mergulha na complexidade psicológica de Johan Liebert, personagem central do mangá e anime “Monster”. Ao repetir “Monstro! Eu sou um monstro! Monstro sem nome!”, a letra destaca a aceitação consciente da própria monstruosidade e faz referência direta ao conceito do “monstro sem nome” da obra original. Esse conceito aborda a ausência de identidade e o vazio existencial, levantando questões sobre a origem do mal: ele nasce do abandono, da sociedade ou é algo inerente ao indivíduo?

A canção explora sentimentos de abandono e questionamentos existenciais, como em “Por que você nasceu? Por que foi abandonado? Sua mãe te descartou? Por ela você é odiado?”, refletindo o passado traumático de Johan e sua busca por sentido. O verso “Sou fruto disso tudo ou eu já nasci ruim?” traz à tona o debate entre natureza e criação, tema central tanto na narrativa de Naoki Urasawa quanto na música de Takeru. Metáforas como “formigas perdidas” e “óleo no fogo” sugerem a manipulação e o desprezo de Johan pela vida alheia, mostrando seu distanciamento emocional. A repetição do refrão e a afirmação “A única coisa igual pra todos é a morte!” reforçam a visão niilista do personagem, que enxerga a existência como descartável. Takeru, ao incorporar esses elementos, propõe uma reflexão direta sobre a condição humana e os próprios “monstros” internos que cada um pode enfrentar.