Hoxe, Mañá e Sempre (part. Valeria Castro)

A Eternidade da Alma: Reflexões em 'Hoxe, Mañá e Sempre'

A música 'Hoxe, Mañá e Sempre', interpretada por Tanxugueiras e com participação de Valeria Castro, é uma obra que transita entre a melancolia e a reflexão sobre a permanência da alma e a memória após a partida. A letra, que alterna entre o galego e o espanhol, sugere uma conversa íntima e profunda sobre a aceitação da morte e a importância de deixar um legado.

No início da canção, a narrativa se concentra na ideia de que o que foi feito na vida deve ser suficiente para acalmar a alma, tanto hoje quanto no futuro. Essa mensagem é reforçada pela repetição de que a alma é a parte de nós que mantém a calma, sugerindo uma visão de que a essência do ser humano é eterna e imutável, independente das adversidades. A repetição da frase 'Solita estoy yo' (Estou sozinha) pode indicar um sentimento de solidão diante da inevitabilidade da morte ou a ausência de uma figura materna, que tradicionalmente é vista como fonte de conforto e segurança.

A parte final da música traz um pedido para que, após a morte, a pessoa seja lembrada e homenageada com uma vela, um símbolo de luz e memória. Isso reforça a ideia de que, embora a presença física possa desaparecer, o impacto de uma vida pode permanecer na mente e nos corações daqueles que ficam. 'Hoxe, Mañá e Sempre' é um lembrete de que a vida é transitória, mas a alma e as memórias são eternas.