Remanso Para Morrer (part. Andrés Suárez)

Remanso de Saudade e Cura: A Jornada Emocional em 'Remanso Para Morrer'

A música 'Remanso Para Morrer', interpretada por Tanxugueiras com a participação de Andrés Suárez, é uma profunda reflexão sobre a saudade, a cura emocional e a conexão com as raízes. A letra, cantada em galego, evoca uma jornada de retorno e despedida, onde o eu lírico se aproxima de alguém especial, mesmo que isso signifique partir. A repetição da palavra 'marcho' (vou) no início da canção sublinha a inevitabilidade da partida, mas também a necessidade de se reconectar com algo ou alguém importante.

A canção é rica em metáforas e imagens poéticas. A referência aos bares fechados e à pedra molhada que se torna casa sugere um ambiente de nostalgia e memórias passadas. A chave por dentro e a porta fechada simbolizam a proteção e o acolhimento que o eu lírico encontra na pessoa a quem se dirige. A figura de 'Moraima', mencionada várias vezes, parece ser uma personificação da cura e do consolo, sempre presente para curar feridas e oferecer abrigo, 'cheíña de sal' (cheia de sal), uma expressão que pode remeter tanto ao mar quanto às lágrimas.

A música também faz alusão a momentos específicos e significativos, como os beijos em Paris e as luzes de Natal, que são lembranças preciosas para o eu lírico. A imagem dos carvalhos que crescerão de tanto chorar e a sombra que será um remanso para morrer reforçam a ideia de que a dor e a saudade podem ser transformadas em algo belo e duradouro. A canção termina com uma declaração poderosa: 'Eu hei de morrer cantando, xa que chorando nacín', afirmando a intenção de viver e morrer com a mesma intensidade emocional com que nasceu, sempre conectado à terra onde cresceu.