Tang (part. Kyan)

Identidade e autenticidade em "Tang (part. Kyan)" de Tasha & Tracie

Em "Tang (part. Kyan)", Tasha & Tracie usam a comparação com o "suco de pózinho" para criticar a superficialidade e a falta de autenticidade de alguns rivais na cena urbana. O termo "Tang" funciona como uma metáfora direta para pessoas que aparentam ser algo, mas não têm substância. Ao mesmo tempo, a música destaca a trajetória das artistas, que vieram da periferia e conquistaram espaço com talento e atitude, como mostram versos como “Estourei no trap com esse feat” e “Recebo só em dólar, gastar tudo em beat”. Essas frases reforçam a autoconfiança e o orgulho de suas conquistas, temas recorrentes na carreira da dupla.

A letra mistura referências à vivência na favela, ostentação e superação, usando gírias e metáforas do rap e do funk. Expressões como “Só tiro pro alto, aqui é só favelado” e “Flow Pente de 100, te deixa peneirado” unem o orgulho das origens com a ideia de potência e domínio na música. O verso “Eu não tenho gang, eu tenho bonde” destaca a importância da coletividade e lealdade, valores típicos das periferias. As menções a Mansa Musa e Lil Kim conectam as artistas a símbolos de riqueza, poder e irreverência. Ao afirmar “Manda as paty escutar outra, que essa elas não encaixa”, Tasha & Tracie deixam claro que sua música é um espaço de identidade e resistência, celebrando quem venceu barreiras sem perder as raízes.