​​hate myself

Culpa e vulnerabilidade em "hate myself" de Tate McRae

Em "hate myself", Tate McRae aborda de forma direta a autocrítica intensa e a tendência de assumir toda a culpa pelo fim de um relacionamento. A artista revela não apenas arrependimento por suas atitudes, mas também a dificuldade de lidar com a própria vulnerabilidade. Isso fica claro quando ela admite: “I was so caught up in my own thoughts / Don't think that I understood / When you said that you just couldn't take it / That I would lose you for good” (Eu estava tão presa nos meus próprios pensamentos / Acho que não entendi / Quando você disse que não aguentava mais / Que eu te perderia para sempre). O contexto da música mostra que McRae se inspira em sua própria inclinação de absorver a responsabilidade pelos conflitos, mesmo reconhecendo que ambos tinham falhas.

A letra retrata um ciclo de autossabotagem e culpa, em que a narradora reconhece comportamentos prejudiciais – “I'd always act so selfish at shit I hadn't dealt with” (Eu sempre agia de forma egoísta com coisas que não tinha resolvido) – e a dificuldade de se abrir emocionalmente, o que acaba afastando as pessoas próximas. O refrão destaca que, por mais que a outra pessoa esteja magoada, ninguém a julga mais severamente do que ela mesma: “You couldn't hate me more than I hate myself” (Você não poderia me odiar mais do que eu me odeio). Essa honestidade sobre a autopercepção negativa e o arrependimento aprofunda o tema da autoaversão, mostrando como a dificuldade de lidar com sentimentos internos pode afetar relacionamentos e a própria felicidade.