Cairo

Cairo como símbolo de poder e mistério em “Cairo” do Taxi

A música “Cairo”, da banda Taxi, explora o lado enigmático e cosmopolita da capital egípcia, usando a cidade como metáfora para um cenário de intrigas internacionais e jogos de poder. O verso “Os espiões vão de viagem / Joga-se o xadrez mundial” faz referência direta ao papel estratégico do Cairo durante a Guerra Fria, quando diplomatas e agentes secretos circulavam pela cidade em meio a negociações e conspirações. A menção ao “desfilar de presidentes” e “diplomatas enluvados” reforça o clima de formalidade e mistério, sugerindo que, por trás das aparências, todos buscam experiências intensas, mas evitam se comprometer ou se expor – “Todos querem noites quentes / E não ficarem queimados”.

O refrão destaca o fascínio do Cairo ao descrevê-lo como uma cidade “distante, excitante, apaixonante”, ressaltando seu caráter exótico e perigoso. O trecho “Capital do mistério / Terra de aventureiros / Já ninguém parece sério / É local de guerrilheiros” amplia a visão da cidade, mostrando não só seu papel político, mas também seu lado caótico e aventureiro, onde as regras convencionais não se aplicam. Assim, a música constrói uma imagem multifacetada do Cairo: centro de poder, desejo e risco, símbolo de um mundo em constante transformação e imprevisibilidade.