Don't Blame Me

Amor intenso e vício emocional em “Don't Blame Me”

Em “Don't Blame Me”, Taylor Swift explora a intensidade do amor ao compará-lo a um vício. A repetição do verso “my drug is my baby, I'll be using for the rest of my life” (“minha droga é meu amor, vou usá-la pelo resto da vida”) deixa claro que o relacionamento é visto como algo viciante, capaz de alterar o estado emocional e mental da narradora. Swift reconhece seu histórico de relacionamentos breves e como o amor pode levá-la a perder o controle, o que aparece nos versos “I've been breaking hearts a long time... Just playthings for me to use” (“tenho partido corações há muito tempo... apenas brinquedos para eu usar”). Aqui, ela faz uma autocrítica e mostra uma mudança de postura diante de um sentimento mais forte e avassalador.

A música traz uma sonoridade gospel e sombria, lembrando “Take Me to Church” de Hozier, o que reforça o tom de confissão e entrega total. As metáforas religiosas e de dependência química, como “Lord, save me” (“Senhor, salve-me”) e “I get so high every time you're loving me” (“fico tão nas alturas toda vez que você me ama”), sugerem que o amor é tanto uma salvação quanto uma perdição. O trecho “I once was poison ivy, but now I'm your daisy” (“eu já fui hera venenosa, mas agora sou sua margarida”) indica uma transformação pessoal. Ao afirmar “Don't blame me, love made me crazy” (“não me culpe, o amor me deixou louca”), Swift justifica atitudes extremas como parte inevitável de amar intensamente. O sucesso renovado da música no TikTok mostra como essa visão crua do amor segue relevante para diferentes gerações.