​illicit affairs

Culpa e autossabotagem em "illicit affairs" de Taylor Swift

"illicit affairs", de Taylor Swift, retrata o ciclo doloroso de um relacionamento proibido, mostrando como a excitação inicial rapidamente se transforma em culpa, desgaste e autossabotagem. O verso “What started in beautiful rooms / Ends with meetings in parking lots” (O que começou em quartos bonitos / Termina com encontros em estacionamentos) evidencia a degradação emocional e física do caso, ilustrando como algo glamouroso se torna clandestino e degradante. Swift constrói essa narrativa a partir de uma perspectiva fictícia, o que permite explorar a complexidade da infidelidade sem se limitar a experiências pessoais, ampliando o alcance emocional da música.

A letra destaca a repetição do sofrimento e da mentira, como em “it dies and it dies and it dies / A million little times” (isso morre e morre e morre / Um milhão de pequenas vezes) e “they lie and they lie and they lie / A million little times” (eles mentem e mentem e mentem / Um milhão de pequenas vezes), sugerindo que a dor e a culpa se acumulam até se tornarem insuportáveis. O trecho “A dwindling, mercurial high / A drug that only worked / The first few hundred times” (Um barato que vai sumindo, volúvel / Uma droga que só funcionou / Nas primeiras centenas de vezes) compara o caso a um vício, mostrando como o prazer inicial dá lugar ao vazio. O ponto mais intenso da música aparece quando a narradora rejeita as palavras carinhosas do amante – “Don't call me kid, don't call me baby” (Não me chame de criança, não me chame de querida) – revelando vulnerabilidade e raiva. No final, “For you, I would ruin myself / A million little times” (Por você, eu me destruiria / Um milhão de pequenas vezes) resume o sacrifício e a autodestruição presentes em um caso ilícito, reforçando o tom melancólico e íntimo da canção.