Wood

Metáforas ousadas e cumplicidade em “Wood” de Taylor Swift

A música “Wood” de Taylor Swift chama atenção ao transformar superstições em metáforas diretas sobre intimidade e desejo, especialmente ao brincar com duplos sentidos como “magic wand” (varinha mágica) e “redwood tree” (sequóia), ambos sugerindo alusões à virilidade de Travis Kelce. O verso “New Heights of manhood” (novos patamares de masculinidade) faz referência ao podcast “New Heights”, apresentado por Kelce, criando uma conexão explícita com o relacionamento do casal e adicionando uma camada de cumplicidade para quem conhece o contexto.

A canção começa citando superstições clássicas — “Daisy’s bare naked” (Daisy está completamente nua), “stepped on a crack” (pisei numa rachadura), “the black cat laughed” (o gato preto riu) — para depois subverter essas crenças: “I ain’t got to knock on wood” (não preciso bater na madeira). Swift sugere que, ao lado de Kelce, não depende mais de amuletos ou rituais para ter sorte, pois encontra segurança e confiança no próprio relacionamento. O tom descontraído aparece em versos como “Forgive me, it sounds cocky / He ah-matized me and opened my eyes” (Me perdoe, parece convencido / Ele me hipnotizou e abriu meus olhos), onde ela assume sem reservas o impacto transformador do parceiro em sua vida e sexualidade. O refrão reforça essa autossuficiência emocional e física, celebrando a parceria como fonte de sorte e prazer, sem precisar de superstições externas.

Com irreverência, sensualidade e humor, “Wood” marca uma fase mais aberta e provocante de Swift. Ao usar metáforas de madeira e sorte para falar de desejo e conexão, a música se destaca pela criatividade e honestidade, mostrando uma artista confortável em explorar temas adultos com leveza e inteligência.