O Colono

Preconceito e valorização do trabalhador em “O Colono”

A música “O Colono”, de Teixeirinha Filho, aborda de forma clara o preconceito que muitos moradores da cidade têm em relação ao trabalhador rural. Logo no início, a letra destaca esse olhar de desdém: “Não ri seu moço daquele colono / Agricultor que ali vai passando”, mostrando como o colono é frequentemente julgado pela aparência e pela simplicidade. Teixeirinha Filho usa a canção para homenagear esses trabalhadores, ressaltando sua importância fundamental na produção de alimentos e no sustento da sociedade, como fica evidente no verso: “Pra lhe alimentar na roça está lutando”.

A letra valoriza o esforço físico e a resistência do colono, contrapondo a vida difícil do campo à rotina mais confortável da cidade. Ao citar detalhes como o “terno fora de moda” e o “chapéu de aba comprida”, a música critica o julgamento superficial e reforça que o verdadeiro valor está no trabalho e na contribuição do colono para o país: “Um roceiro que orgulha a pátria / Que colhe o fruto da terra lavrada”. O trecho “E se não fosse esse colono forte / Tu ias ter que pegar na enxada” desafia o ouvinte urbano a reconhecer a dificuldade do trabalho rural, sugerindo que poucos suportariam essa rotina exaustiva.

No final, a música propõe uma reflexão sobre a valorização do trabalhador rural, sugerindo que até mesmo quem tem títulos acadêmicos deveria conhecer e respeitar as dificuldades do campo: “Tire o dr chegue lá na roça / Repare lá quanta dificuldade”. Assim, “O Colono” faz um apelo por empatia e reconhecimento, criticando o preconceito e pedindo respeito e ações concretas em prol desses trabalhadores essenciais.