Born in the Wild

Superação e autodescoberta em “Born in the Wild” de Tems

Em “Born in the Wild”, Tems explora sua trajetória de autodescoberta a partir de experiências de isolamento e confusão. Logo no início, versos como “I grew up in the wilderness / Didn't know much about openness” (“Cresci na selva / Não sabia muito sobre abertura”) refletem o que a própria artista descreve como uma “selva mental”, um ambiente interno caótico e marcado pela dificuldade de se abrir emocionalmente. A repetição do refrão “Born in the wild” (“Nascida na selva”) reforça a ideia de que ela foi moldada por circunstâncias adversas, mas também destaca a força e a resiliência que desenvolveu nesse processo.

A música aborda sentimentos de alienação e a busca por identidade, evidentes em trechos como “Up in the night, wishin' somebody knew me / Something inside, pain in my mind, confused” (“Noite adentro, desejando que alguém me conhecesse / Algo dentro, dor na minha mente, confusa”). Tems associa esse momento a um estágio de casulo, antes da transformação em borboleta, simbolizando um período de crescimento interno. A virada acontece quando ela declara “The world is mine, the world, the world is mine / I need time, the time is now” (“O mundo é meu, o mundo, o mundo é meu / Eu preciso de tempo, o tempo é agora”), sinalizando a conquista de autonomia e a decisão de romper com limitações. Ao final, a frase “no inhibition, no more conditions” (“sem inibições, sem mais condições”) marca a superação das barreiras internas, consolidando a narrativa de autotransformação e aceitação que permeia toda a faixa.