32

Reflexões sobre amadurecimento em “32” de Terno Rei

Em “32”, Terno Rei utiliza o número do título para ir além da simples referência à idade. O número 32 também remete aos 32 dentes de um adulto, criando uma metáfora sobre amadurecimento e a necessidade de encarar a vida de frente. O verso “32 dentes, o mundo na frente, não posso ficar pra trás” mostra como o narrador sente o peso das responsabilidades e a urgência de não se acomodar, como se cada dente representasse um desafio superado ou uma etapa da vida.

A música traz um tom nostálgico ao relembrar uma festa de dez anos atrás, quando o narrador se via “tão novo” e “com medo de se entregar”. Esse contraste entre passado e presente evidencia o crescimento pessoal: o jovem inseguro do passado agora afirma “E agora sou eu que tenho que enfrentar”, mostrando aceitação das próprias obrigações. A repetição de frases como “eu me lembro” e “eu era qualquer um” reforça o distanciamento daquele antigo eu, enquanto “agora sou eu” marca a transição para uma identidade mais madura. O trecho “31 é pouco, mas 32 / 32 é um pouco mais” destaca como cada ano vivido traz novos significados e responsabilidades, mostrando que pequenas mudanças podem representar grandes transformações internas.