Yoko

Relações e busca por autenticidade em “Yoko” do Terno Rei

Em “Yoko”, do Terno Rei, a insatisfação com a rotina e o desejo de autenticidade aparecem de forma clara, principalmente quando a letra rejeita a “simetria” como algo “sem graça” e “tosca”. Esse trecho mostra o incômodo com padrões previsíveis e relações superficiais, reforçando a vontade de viver experiências mais verdadeiras e espontâneas. O fato de a faixa abrir o álbum “Violeta” indica que a banda quer provocar o ouvinte a refletir sobre a desconexão do dia a dia e a busca por se sentir inteiro em meio ao caos emocional.

A imagem “se jogar nesse azul / no infinito desses braços” funciona como metáfora para a busca de liberdade e acolhimento, com o azul remetendo ao céu ou ao mar, símbolos de amplitude e fuga. O contraste entre o interlocutor que “está amando” e o narrador que “está juntando os cacos” reforça a sensação de desencontro e solidão, mesmo quando se tenta criar laços. O refrão, ao repetir que ali o narrador se sente “livre”, “em casa” e “inteiro”, revela o desejo de encontrar um lugar ou pessoa que ofereça pertencimento e autenticidade, em oposição à monotonia do cotidiano. O final, com “Oi, como vai você? / Quando é que foi ficar tão linda?”, traz admiração e surpresa diante de uma mudança, sugerindo uma possível reconciliação ou renovação, e encerrando a música com esperança.