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Contrastes de sucesso e vulnerabilidade em “100” de Teto

Em “100”, Teto explora a dualidade entre ostentação e vulnerabilidade, mostrando que o dinheiro e o sucesso não apagam as marcas de uma trajetória difícil. A frase “joga as de cem” simboliza a conquista financeira, mas também tem um tom de celebração coletiva, já que o dinheiro é compartilhado com os “irmãozin'”. Esse gesto representa não só riqueza, mas também reconhecimento e respeito conquistados desde cedo, como indica o verso “do jogo desde os onze”, sugerindo um início precoce na busca por espaço, seja na música ou na vida de rua.

A letra alterna momentos de exaltação, como em “Multiplico o meu bem”, com reflexões sobre ansiedade e pressão, evidentes em “luto pra minha consciência não pular do cais” e “me destruo a cada dia que passa”. Isso revela o desgaste emocional que acompanha o sucesso. Teto também faz referência à cultura do trap ao citar marcas e substâncias como “lean” e “Hennessy”, mas ironiza quem ostenta esses elementos de forma superficial, destacando sua autenticidade. Ao afirmar “criei minha ciência, aumenta / hoje minha conta aumenta”, ele reforça que seu crescimento é resultado de estratégia e lealdade ao grupo, e não apenas de sorte ou ostentação vazia.