BALAZUL (part. Mateca)

Ostentação e vivência de rua em “BALAZUL (part. Mateca)”

Em “BALAZUL (part. Mateca)”, Teto e Mateca usam a ostentação de itens de luxo, como correntes de ouro de 20 quilates e implantes dentários de ouro, para afirmar status e identidade dentro do trap. Essas referências, junto com menções à "nota azul" (nota de 100 reais) e "minha conta com din", mostram o desejo de se destacar e conquistar respeito em um ambiente onde o sucesso é medido pelo que se possui. A ostentação, nesse contexto, não é apenas vaidade, mas também uma forma de resistência e superação das dificuldades enfrentadas pelos artistas.

O título “BALAZUL” e a expressão "bala azul" na letra têm duplo sentido: podem se referir tanto a comprimidos azuis, ligados ao uso de substâncias, quanto simbolizar uma vida acelerada, cheia de excessos e riscos. Isso aparece em versos como “Dropo essa bala azul, misturo com andrômeda / Eu não sei mais o caminho, essa vida errônica”, que revelam uma busca constante por novas experiências, mesmo que tragam desorientação. O uso de gírias e referências à cultura pop, como "Pou" e "turma da Mônica", traz leveza e humor, misturando deboche, ostentação e uma resposta às críticas externas.

A música também destaca autenticidade e trajetória, como em “Eu faço essa porra desde os meus doze / Meu corre é de um tempo, isso não é de hoje”. Teto e Mateca deixam claro que o sucesso e o luxo exibidos são fruto de uma longa caminhada. Expressões como “só tem macaco velho, tattoo no pescoço” reforçam a experiência de rua, enquanto o clima festivo e irreverente da faixa representa bem o espírito do trap brasileiro atual.