Viver Só (part. Ferrugem)

Dilemas do amor cotidiano em “Viver Só (part. Ferrugem)”

A música “Viver Só (part. Ferrugem)”, de Thais Macedo, aborda de forma direta como a rotina e o desgaste emocional podem afastar um casal, mesmo quando ainda existe sentimento. O trecho “Eu sei que tá cansativo, a gente reativo / Sua mão já não procura a minha / Mesmo perto, distante, não somos como antes” mostra a honestidade da canção ao tratar do esfriamento da relação, sem exageros ou dramatizações. O convite para “sentar, passar um café e resolver” traz um tom acolhedor e cotidiano, sugerindo que a reconciliação pode começar em gestos simples e íntimos, reforçando a proximidade e sinceridade da música.

O refrão “Posso aprender a viver só / Mas viver junto é bem melhor” resume o dilema central: é possível ser independente, mas a parceria é mais desejada. Essa maturidade emocional reflete a proposta do projeto “Do Meu Jeito”, de Thais Macedo, que valoriza o protagonismo feminino sem abrir mão do afeto e da vulnerabilidade. O verso “até porque o fim não combina com a gente” indica que, apesar das dificuldades, o casal ainda se reconhece como pertencente um ao outro, e o término não parece natural. O clipe, gravado em um cartão-postal do Rio de Janeiro, reforça a ideia de que o amor pode ser celebrado e reconstruído mesmo em meio a crises. A participação de Ferrugem, resultado de uma iniciativa espontânea de Thais, simboliza a importância do diálogo e da parceria, tanto na vida pessoal quanto na música.