All The Things She Said

Conflito e busca por aceitação em “All The Things She Said”

A versão de Poppy para “All The Things She Said” ganha força ao ser lançada em um contexto de debates sobre direitos LGBTQ+ e injustiças sociais nos Estados Unidos. A escolha da música e o momento do lançamento conectam a letra à luta por aceitação e liberdade, temas que Poppy reforça em seu posicionamento público. O refrão repetitivo, “All the things she said, running through my head” (“Todas as coisas que ela disse, passando pela minha cabeça”), transmite a sensação de obsessão e conflito interno, refletindo a pressão psicológica de viver um amor considerado proibido ou marginalizado.

A letra aborda sentimentos de confusão, culpa e desejo de fuga, como em “I'm in serious shit, I feel totally lost” (“Estou em uma situação séria, me sinto totalmente perdida”) e “Wanna fly to a place where it's just you and me, nobody else so we can be free” (“Quero voar para um lugar onde só exista você e eu, ninguém mais, para que possamos ser livres”). Esses versos mostram o desejo de escapar do julgamento externo e encontrar um espaço seguro para viver esse amor. O trecho “Mother, looking at me / Tell me, what do you see? / Yes, I lost my mind” (“Mãe, olhando para mim / Diga, o que você vê? / Sim, eu perdi a cabeça”) aprofunda o conflito familiar e social, mostrando o medo de não ser aceita. A repetição de “This is not enough” (“Isso não é suficiente”) e a frase em russo “ya soshla s uma-ma” (“eu enlouqueci”) reforçam o sentimento de sufocamento e a luta interna por liberdade e autenticidade, temas que Poppy potencializa ao associar sua versão à defesa de minorias e à necessidade de mudança social.