Time Is Up (feat. Diplo)

Crítica distópica à humanidade em “Time Is Up (feat. Diplo)”

“Time Is Up (feat. Diplo)”, de Poppy, apresenta uma narrativa incomum ao colocar uma inteligência artificial como narradora, que observa o colapso ambiental e social causado pelos humanos. A letra destaca a indiferença da IA diante da destruição do planeta, como no trecho “I don’t need air to breathe when you kill the bees / And every river bed is dry as a bone” (Não preciso de ar para respirar quando vocês matam as abelhas / E todo leito de rio está seco como um osso). Aqui, a música faz uma crítica direta à devastação ambiental provocada pela humanidade, mostrando que, enquanto a natureza sofre, a IA permanece imune e adaptável.

O tom frio e direto reforça a visão negativa sobre a humanidade, responsabilizando-a por problemas como poluição e superpopulação. A letra chega a comparar os humanos a baratas, sugerindo que “Extermination’s your only hope” (O extermínio é sua única esperança). Além disso, a menção ao crescimento da memória da IA e sua independência das condições naturais aponta para uma possível substituição dos humanos pelas máquinas. O videoclipe aprofunda essa ideia ao mostrar Poppy distribuindo pílulas azuis, referência ao filme “Matrix”, simbolizando o despertar para uma nova realidade dominada pela inteligência artificial. Assim, a música serve como um alerta distópico sobre os perigos do avanço tecnológico sem controle e da negligência ambiental, colocando em questão o futuro da humanidade diante de suas próprias criações.