Ritual

Rotina e conformidade em "Ritual" da The Devil Wears Prada

A música "Ritual" da The Devil Wears Prada aborda de forma direta como a rotina e a pressão para se encaixar socialmente podem aprisionar e esvaziar a vida. O trecho “Drown ourselves in the routine / Comfort in conformity / Know your future / Give up your dreams” (“Nos afogamos na rotina / Conforto na conformidade / Conheça seu futuro / Abra mão dos seus sonhos”) deixa clara a crítica central: ao buscar segurança e previsibilidade, muitas pessoas acabam abrindo mão dos próprios sonhos e vivendo de forma automática. A imagem “spinning like a figure eight” (“girando como um oito”) reforça essa sensação de repetição sem fim, mostrando como é difícil sair desses padrões.

A banda explicou que "Ritual" marca uma nova fase após o álbum "Color Decay", trazendo mais energia e intensidade. Isso se reflete no tom quase desesperado da letra, especialmente em “I said I don’t need you to save me / I’ll be what you make me / Let you lead me on and on like repetition” (“Eu disse que não preciso que você me salve / Serei o que você quiser que eu seja / Deixo você me conduzir repetidamente”). Aqui, fica evidente o conflito entre o desejo de autonomia e a facilidade de se deixar levar pelas expectativas dos outros. O refrão “Let’s live for the ritual” (“Vamos viver pelo ritual”) é usado de forma irônica, sugerindo que muitos acabam vivendo apenas para manter a rotina, mesmo que isso os torne “lost and miserable” (“perdidos e miseráveis”). Assim, "Ritual" serve como um alerta sobre os riscos de se acomodar e perder a individualidade diante da pressão social.