HAY UNA IA EN EL JARDIN

Crítica à influência da IA em "HAY UNA IA EN EL JARDIN"

Em "HAY UNA IA EN EL JARDIN", TheBlackHacker utiliza a repetição da frase-título para destacar o desconforto diante da presença constante da inteligência artificial em espaços tradicionalmente ligados à criatividade humana. O "jardim" funciona como uma metáfora para ambientes familiares, como os jogos clássicos, sugerindo que até esses refúgios nostálgicos estão sendo ocupados por soluções automatizadas e impessoais. O tom irônico aparece quando o artista lista, de forma exagerada, que tudo no jogo – do design à música – foi feito por IA, criticando a padronização e a perda do toque humano na indústria dos games.

A música faz referência direta a títulos como "Plantas contra zombies" e "Angry Birds", evocando a nostalgia de uma época em que a originalidade era mais valorizada. Ao mesmo tempo, ironiza a tendência de reciclar ideias antigas com o auxílio da IA. Trechos como “Copiando fangames y usando IA” e “Solía ser fanart” apontam para a transformação de criações de fãs em produtos comerciais, muitas vezes sem a mesma autenticidade. TheBlackHacker mistura frustração e fascínio, reconhecendo o apelo da tecnologia – como em “Jeje amo la IA cara” – mas sem deixar de criticar o uso excessivo e a comercialização desenfreada. Assim, a música se apresenta como uma sátira bem-humorada, que convida à reflexão sobre os limites entre inovação, nostalgia e a crescente presença da IA no processo criativo.