Qualquer Versão

A Dualidade do Amor em 'Qualquer Versão' de Thiaguinho

A música 'Qualquer Versão' de Thiaguinho explora a complexidade e a dualidade do amor e do desejo. A letra começa com uma cena romântica, onde o eu lírico deseja beijar a pessoa amada ao pôr do sol, um momento que simboliza a união perfeita entre dois elementos naturais. No entanto, a pessoa amada responde com um sorriso, interrompendo o beijo e sugerindo cautela antes de se entregar completamente, representada pela metáfora de 'pôr o pé na água antes de se jogar'.

Essa dualidade é ainda mais explorada quando a pessoa amada é descrita como 'a mais sensata e a mais louca'. Essa contradição aparente revela a complexidade do ser humano, que pode ser racional e impulsivo ao mesmo tempo. O eu lírico aceita e aprecia todas as facetas dessa pessoa, expressando que qualquer versão dela, seja 'santinha ou safada', é igualmente atraente e desejável. Essa aceitação incondicional reflete um amor profundo e maduro, que valoriza a totalidade do outro, sem julgamentos.

Thiaguinho, conhecido por suas músicas que misturam pagode e romantismo, utiliza essa canção para celebrar a autenticidade e a diversidade das emoções humanas. A repetição do refrão 'Vou te levar pra casa' reforça a ideia de que o amor verdadeiro é acolhedor e inclusivo, aceitando todas as versões da pessoa amada. A música, portanto, é uma ode à aceitação e ao amor em todas as suas formas, destacando a beleza da imperfeição e da dualidade humana.