Click Clack Boom

Confronto e resistência social em “Click Clack Boom”

Em “Click Clack Boom”, Thiala Arlequina utiliza metáforas de combate, como “Sou um fuzil de palavras” e o refrão repetido “Click clack boom”, para expressar uma postura de enfrentamento contra sistemas opressores e preconceitos sociais. Inspirada na personagem Arlequina, a artista constrói uma identidade que desafia os estigmas de loucura e marginalidade, transformando esses rótulos em símbolos de força e resistência. O verso “Dizem que sou louca, mas no fundo eu sou normal” critica a tendência de patologizar comportamentos que fogem ao padrão, enquanto “Proíbe o que é legal, permite o que é ilegal” expõe as contradições e hipocrisias das normas sociais e legais.

O videoclipe, ambientado em um hospital psiquiátrico e mostrando Thiala como refém de um supervilão, reforça a narrativa de luta e superação. Elementos como “explosiva adrenalina” e “pavio da loucura” aparecem como combustíveis para a resistência. A repetição de “Click clack boom” serve como um chamado à ação, simbolizando tanto o disparo literal quanto a explosão de ideias e atitudes que desafiam o status quo. Ao se definir como “fogo cruzado nas ruas” e mencionar “taco fogo na favela”, Thiala utiliza imagens de conflito urbano para transmitir a urgência e intensidade de sua mensagem, reivindicando o direito de existir e resistir diante da adversidade.